Chegamos à 45ª e última edição do Boletim Pró-Espécies: Todos contra a extinção, celebrando a conclusão de um projeto transformador que percorreu sete anos de trabalho intenso. Agradecemos profundamente a você, que nos acompanhou nessa jornada dedicada à conservação da biodiversidade brasileira.
Com grande satisfação, destacamos os resultados alcançados graças à colaboração de 18 parceiros institucionais e mais de 350 organizações de pesquisa e conservação. Esse esforço coletivo, em diferentes níveis de governo, mostrou o compromisso com a proteção das espécies ameaçadas e de seus habitats em todo o país.
Esperamos que os aprendizados e conquistas do Pró-Espécies sigam inspirando novas ações. Que a mobilização pela vida continue crescendo, garantindo um futuro mais resiliente para a natureza e para todos nós que dela dependemos.
O encerramento do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a extinção foi marcado por um encontro em Brasília, celebrando seis anos de avanços na conservação da biodiversidade. O projeto fortaleceu a atuação descentralizada dos estados, enfrentou desafios como a pandemia e deixou um legado técnico e político estruturante.
Destaques incluem o combate às espécies exóticas invasoras, o fortalecimento do Sistema Salve e a integração com políticas públicas. A experiência simbólica no Caminho dos Veadeiros reforçou o elo entre comunidades, natureza e conservação. O sentimento final foi de orgulho e compromisso com a continuidade dessa agenda essencial para o país.
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O Ibama, em parceria com o WWF-Brasil e apoio do MMA e Funbio, lançou a campanha “Se não é livre, eu não curto” no Dia Mundial da Biodiversidade, com o objetivo de alertar sobre o papel das redes sociais no estímulo ao tráfico de animais silvestres.
A campanha busca conscientizar sobre a diferença entre animais silvestres e domesticados, destacando os impactos negativos da posse ilegal e o sofrimento das espécies. As redes sociais muitas vezes associam prestígio à posse de animais silvestres, contribuindo para a demanda e, consequentemente, para o tráfico. A iniciativa visa alcançar principalmente os jovens, incentivando-os a não apoiar essa prática ao curtir ou compartilhar conteúdos que envolvem animais em cativeiro.
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As trilhas de longo curso no Brasil vêm se consolidando como ferramentas estratégicas para a conservação da biodiversidade e o desenvolvimento sustentável, promovendo a conexão de áreas naturais, a geração de renda em comunidades locais e a valorização da paisagem e cultura. Através do projeto Pró-Espécies, diversas trilhas receberam apoio em governança, planejamento, sinalização e ações científicas, transformando-se em corredores ecológicos e impulsionando o turismo sustentável.
A inclusão da Trilha Transespinhaço na RedeTrilhas e a capacitação de gestores ambientais reforçam a importância dessas rotas na proteção ambiental. Apesar dos desafios e possíveis impactos, trilhas bem planejadas e geridas fortalecem a conservação, mobilizam a sociedade civil e estimulam a economia local.
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O projeto Pró-Espécies realizou mais de 300 expedições em 16 estados brasileiros para localizar e proteger espécies ameaçadas de extinção. Com apoio de instituições como ICMBio, JBRJ e diversos órgãos estaduais de meio ambiente, novas espécies foram descobertas e outras, há décadas desaparecidas, redescobertas. A iniciativa abrangeu 62 milhões de hectares e reforça a importância da colaboração científica e comunitária para a conservação da biodiversidade nacional frente às mudanças climáticas e à degradação ambiental.
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O Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA) e a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura do Estado do Rio Grande do Sul (SEMA) lançaram uma série documental sobre o Plano de Ação Territorial para Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção do Planalto Sul (PAT Planalto Sul), focado na conservação da Mata Atlântica. A série, com cinco episódios, aborda a preservação de 22 espécies ameaçadas e o fortalecimento do desenvolvimento sustentável.
A produção destaca a importância da gestão participativa e da atuação em áreas fora de unidades de conservação. O projeto conta com a colaboração de comunidades locais, pesquisadores e organizações sociais. A iniciativa integra o Projeto Pró-Espécies e abrange 39 municípios do Sul. Os vídeos estão disponíveis nos sites e canais do YouTube dos órgãos ambientais.
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O Projeto Pró-Espécies, por meio do PAT Planalto Sul, intensificou o controle do javali em Santa Catarina com a aquisição e instalação de 25 armadilhas em áreas rurais e de conservação. A ação foi acompanhada de cinco cursos práticos entre 2024 e 2025, capacitando agricultores e técnicos para o uso correto das armadilhas.
A iniciativa visa substituir métodos tradicionais, como o uso de cães, por estratégias mais seguras e eficazes. O javali é uma espécie exótica invasora que causa sérios danos ambientais, agrícolas e sanitários no estado.
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Na exuberante Serra do Rio do Rastro, no sul de Santa Catarina, uma pequena flor endêmica, a Hysterionica pinnatisecta — carinhosamente chamada de “margaridinha das nuvens” — tem sido o símbolo de uma mobilização inédita entre ciência, educação e comunidade. Através do trabalho da pesquisadora Júlia Gava, mestranda em Ciências Ambientais pela Unesc, oficinas de educação ambiental vêm despertando em centenas de estudantes o senso de pertencimento e responsabilidade pela conservação do ecossistema local.
Essas ações integram uma política pública prevista no licenciamento federal da BR-285, em articulação com o Plano de Ação Territorial para a Conservação de Espécies Ameaçados de Extinção do Planalto Sul (PAT Planalto Sul), que promove o envolvimento direto de escolas e comunidades na proteção de espécies ameaçadas.
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Mais de 54 mil animais silvestres foram acolhidos pelos Cetas do Ibama em 2023, após serem apreendidos, resgatados ou entregues voluntariamente. Os centros promovem triagem, tratamento e reabilitação, com foco na devolução à natureza. A entrega voluntária, que somou mais de 8 mil casos, evita penalidades e contribui para o bem-estar animal.
A campanha “Se não é livre, eu não curto” reforça a importância de combater o tráfico e a posse ilegal de espécies silvestres.
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O PAN Aves Marinhas lançou uma coleção infantil com o objetivo de conscientizar as novas gerações sobre a importância da preservação das aves marinhas. A coleção inclui livros ilustrados, jogos de cartas e um livro de colorir, com a personagem Lis guiando as crianças em uma jornada educativa sobre aves e seus habitats. O projeto faz parte do Plano de Ação Nacional para a Conservação das Aves Marinhas, que visa proteger espécies ameaçadas de extinção.
A iniciativa busca envolver crianças da educação infantil e ensino fundamental, promovendo a educação ambiental de forma lúdica e interativa. A coleção já foi bem recebida e está sendo distribuída para escolas, ONGs e bibliotecas, com planos de ampliar a distribuição no futuro.
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A cidade de Itaetê (BA) ganhou a Cozinha Comunitária Lícia Maria, uma iniciativa do Plano de Ação Territorial Chapada Diamantina-Serra da Jiboia (PAT), que visa promover a geração de renda e a conservação de espécies ameaçadas. Com foco em práticas alimentares sustentáveis, o espaço atenderá mulheres dos assentamentos de Colônia, Baixão e Europa, além de fomentar o turismo de base comunitária.
O projeto é resultado de uma oficina de culinária realizada em 2022 e contou com um investimento de R$ 368 mil, financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF). A cozinha tem como objetivo fortalecer a agricultura familiar e o protagonismo feminino na região.
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No Norte de Minas Gerais, pesquisadores identificaram três novas espécies de margaridas do gênero Calea, elevando para 11 o número de descobertas recentes na região do PAT Espinhaço Mineiro, área historicamente negligenciada em estudos de biodiversidade.
As descobertas, viabilizadas pelo Projeto Pró-Espécies com apoio do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), revelam a importância ecológica e científica da região, que pode registrar até 10 novas espécies ainda este ano. As novas margaridas são endêmicas e já ameaçadas de extinção, destacando a urgência por estratégias de conservação.
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Espécies exóticas invasoras causam sérios danos à biodiversidade, à economia e aos ecossistemas, competindo com espécies nativas, transmitindo doenças e impactando atividades como agricultura, pesca e turismo. Para enfrentar esse problema, o Ministério Público da Bahia e o Inema lançaram o guia “Espécies Exóticas Invasoras e Invasões Biológicas”, desenvolvido pelo Instituto Hórus, com orientações práticas para que os 417 municípios baianos possam prevenir, detectar e controlar essas invasões.
O material aborda diagnóstico precoce, mapeamento, estratégias de manejo e comunicação com bases de dados, sendo especialmente útil para cidades com pouca estrutura técnica. A iniciativa busca proteger os biomas da Bahia e garantir a sustentabilidade ambiental e econômica do estado.
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O Rio Grande do Sul lançou dois projetos voltados à recuperação dos biomas Pampa e Mata Atlântica, com foco na educação rural e manejo sustentável de campos nativos, beneficiando 160 propriedades em duas regiões do estado. As iniciativas, financiadas por empresas por meio da compensação ambiental obrigatória e supervisionadas pela SEMA-RS, promovem a restauração de áreas degradadas e a sucessão rural sustentável, envolvendo estudantes, famílias agricultoras e escolas no processo.
Além do apoio técnico e financeiro, os projetos integram ações de conservação da biodiversidade e valorização das comunidades tradicionais, como indígenas e quilombolas, alinhando-se a políticas ambientais nacionais.
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O Plano de Ação Territorial para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção Cinturão Verde de São Paulo tem como objetivo articular, promover, propor e implementar ações que visam à conservação, à restauração e à conectividade dos ecossistemas terrestres e aquáticos do território.Dando uma especial atenção às espécies de fauna e flora ameaçadas de extinção, bem como aos remanescentes de vegetação nativa e aos ambientes urbanos e periurbanos que as suportam, considerando os desafios das mudanças climáticas.
Foi elaborado de forma participativa entre 2021 e 2022, com a colaboração de mais de 200 especialistas de diferentes setores.
O Governo do Paraná lançou, durante o Simpósio Latino-Americano de Biodiversidade, o novo Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção, com dados atualizados de 339 espécies. A publicação, resultado de ampla pesquisa, será base para políticas públicas de conservação.
Também foram anunciadas a homologação da RPPN Samuel Klabin e a abertura de editais do sistema de créditos de biodiversidade. O catálogo inclui novos grupos de invertebrados e representa um aumento de 52% nas espécies listadas em relação à última revisão. A iniciativa integra o programa federal GEF Pró-Espécies.
Agência Minas
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Surgiu
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Nome científico: Trichomycterus triguttatus (Eigenmann, 1918)
Nome comum: cambeva-de-três-listras
Família: Trichomycteridae
Categoria de ameaça: Criticamente em Perigo (CR) – Portaria MMA n.º 148/2022
Distribuição geográfica: município de Jacareí, São Paulo (SP)
Endêmica do Brasil: sim
Ameaças: perda de habitat
A cambeva-de-três-listras é conhecida apenas de três exemplares coletados em 1908, em poças marginais e afluentes do Rio Paraíba do Sul, em Jacareí. Entre as suas principais ameaças estão a perda de habitat devido à intensa urbanização, drenagens, assoreamento e poluição dos corpos d’água.
A espécie está contemplada no Plano de Ação Territorial para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Exdtinção do Cinturão Verde São Paulo (PAT Cinturao Verde de São Paulo).
Fonte: Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo. FUNDAÇÃO FLORESTAL. Plano de Ação Territorial para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção Cinturão Verde de São Paulo: sumário executivo 1. ed. São Paulo: SEMIL; FF, 2025, 61 p.
MMA
IBAMA
ICMBio
JBRJ
Naturatins-TO
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SEMA-RS
IEMA-ES
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SEMAD-GO
INEMA-BA
SEMA-MA
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