A Estratégia Nacional para Espécies Exóticas Invasoras tem como um de seus principais objetivos desenvolver e estabelecer sistemas de detecção precoce e resposta rápida para erradicar espécies exóticas invasoras, prevenindo e controlando os impactos negativos causados por essas espécies sobre a biodiversidade.
Com base nas definições estabelecidas na Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), espécies exóticas invasoras são consideradas aquelas levadas para fora de sua área de distribuição natural por influência humana, de forma intencional ou não, que se estabelecem e passam a invadir ambientes naturais, causando danos a outras espécies, hábitats ou ecossistemas. Essas espécies podem igualmente afetar a economia e a saúde humana. Elas são atualmente reconhecidas como uma das principais causas de perda de biodiversidade em termos globais, com estimativas de que influenciam 25% dos eventos de extinção de plantas e 33% de animais.
Nesse contexto, o Programa Nacional de Alerta, Detecção Precoce e Resposta Rápida para Espécies Exóticas Invasoras (PNADPRR) foi desenvolvido para viabilizar a aplicação de medidas de erradicação e controle, denominadas ações de resposta rápida. Essas medidas são direcionadas a focos incipientes de invasão biológica ou a novas ocorrências de espécies exóticas detectadas na fase inicial de estabelecimento, maximizando as oportunidades de eliminação definitiva desses problemas e reduzindo os custos envolvidos.
O órgão responsável pelo Programa é o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O programa é realizado por meio do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a extinção e financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).