O Plano de Ação Nacional para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção do Sul da Bahia (PAN Hileia Baiana) completou recentemente o primeiro ano desde sua oficialização pela Portaria JBRJ nº 23, de 16 de agosto de 2023. Para marcar essa ocasião, foi lançada uma publicação que oferece uma visão abrangente dos desafios e soluções para a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável na região. O documento destaca as principais ameaças à flora local e aponta áreas prioritárias para ações de conservação.
Com um horizonte de cinco anos, o PAN Hileia Baiana tem como meta promover a conservação e aumentar o conhecimento sobre 221 espécies da flora ameaçadas de extinção. Entre elas, 21 espécies estão classificadas como Criticamente em Perigo (CR), 149 como Em Perigo (EN) e 51 como Vulneráveis (VU). Além dessas, outras 218 espécies não arbóreas e aquelas categorizadas como Quase Ameaçadas (NT) e com Dados Insuficientes (DD) também são contempladas pelas ações de conservação, restauração e pesquisa delineadas no Plano.
Coordenado pelo Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), através do Núcleo Estratégias para a Conservação da Flora Ameaçada de Extinção (NuEC) do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), seu desenvolvimento conta com a colaboração de mais de 110 especialistas de instituições diversas, incluindo pesquisadores, ONGs, empresas e órgãos governamentais, com o apoio técnico do Grupo de Assessoramento Técnico (GAT). Além disso, o Plano está alinhado com estratégias nacionais e globais para a conservação de espécies ameaçadas e para a restauração ecológica da Mata Atlântica.
A iniciativa é coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), financiada pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (Global Environment Facility Trust Fund – GEF), e implementada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio). O WWF-Brasil atua como a agência executora do projeto.