Protocolo de campo fortalece a coleta de dados para a conservação da flora brasileira

Publicado em 18 de agosto de 2024

Diante das crescentes ameaças à biodiversidade, o Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), por meio do Centro Nacional de Conservação da Flora (CNCFlora), elabora o Protocolo de Campo: Diretrizes para Coleta de Dados da Flora Brasileira Ameaçada de Extinção. Essa publicação tem como objetivo padronizar e qualificar a coleta de informações sobre espécies vegetais em risco, fornecendo diretrizes claras para pesquisadores, estudantes, voluntários e profissionais da área.

Com abordagem acessível e didática, o protocolo auxilia na identificação de espécies e no registro detalhado da flora em seu habitat natural, garantindo dados precisos e sistematizados. Essas informações são indispensáveis para a avaliação do risco de extinção das espécies, contribuindo para a formulação de estratégias eficazes de conservação. Além disso, o material serve de base para a elaboração dos Planos de Ação Nacionais para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção (PANs), que integram o Projeto Pró-Espécies: Todos Contra a Extinção. Essa iniciativa é coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA), conta com o apoio do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF) e é executada pelo WWF-Brasil.

Organizado em sete itens principais, o protocolo aborda aspectos fundamentais para a coleta de dados, são eles:

  1. Registro da expedição e seus componentes: documentação da equipe envolvida e dos objetivos da pesquisa;
  2. Registro do ponto amostral e configuração do GPS: localização georreferenciada das coletas;
  3. Registro fotográfico das espécies: captura de imagens detalhadas para identificação visual;
  4. Registro das características do ponto amostral e da paisagem: descrição das condições ambientais e ecossistêmicas;
  5. Registro das coletas botânicas e identificação de espécies: levantamento técnico da flora presente;
  6. Registro dos vetores de pressão sobre os hábitats: identificação de ameaças como desmatamento e degradação ambiental;
  7. Registro dos atores envolvidos no levantamento de dados: documentação de pesquisadores e comunidades participantes.

Com a implementação dessas diretrizes, espera-se ampliar o conhecimento sobre espécies ameaçadas e fortalecer medidas de proteção, garantindo a manutenção da biodiversidade para as futuras gerações.

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