Plano de Ação Nacional para a conservação da flora ameaçada da Bacia do Alto Tocantins

Publicado em 4 de maio de 2025

Os Planos de Ação Nacional (PANs) são instrumentos de gestão pública que definem ações prioritárias para reduzir, mitigar ou eliminar ameaças que colocam em risco espécies ameaçadas de extinção. Estruturados a partir de metodologias participativas e estratégicas, esses Planos são construídos de forma colaborativa, envolvendo especialistas, gestores públicos, comunidades locais, organizações da sociedade civil e representantes do setor produtivo.

No caso do PAT Meio Norte, que abrange a região da Bacia do Alto Tocantins, a adoção de uma abordagem territorial permite a integração entre informações ecológicas e sociais, resultando em ações de conservação mais eficazes, ajustadas à realidade local e com envolvimento direto das comunidades.

A Bacia do Alto Tocantins é uma região de elevada biodiversidade, mas também marcada por intensas pressões antrópicas. Nesse contexto, o Plano permite otimizar recursos, articular saberes científicos e tradicionais, e implementar estratégias de conservação mais direcionadas e efetivas.

As espécies nativas da flora brasileira desempenham um papel crucial no equilíbrio dos ecossistemas: contribuem para a regulação do clima, a purificação da água e do ar, e são fontes de alimentos, medicamentos e outros recursos essenciais à vida. No entanto, muitas dessas espécies estão ameaçadas de extinção, pressionadas pela degradação de habitats, exploração excessiva, introdução de espécies invasoras e os efeitos das mudanças climáticas. A perda dessa flora afeta não apenas o meio ambiente, mas também a subsistência e o bem-estar das populações que dela dependem.

Diante desse cenário, o PAT Meio Norte se apresenta como uma ferramenta estratégica de conservação, desenvolvida sob a coordenação do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) — instituição responsável pelos PANs da flora no Brasil. O Plano segue metodologias internacionalmente reconhecidas e adaptadas ao contexto brasileiro, com foco na reversão de pressões sobre espécies ameaçadas, incluindo aquelas ainda pouco estudadas ou sem ações de proteção estabelecidas. Além disso, o PAT Meio Norte está alinhado aos compromissos internacionais assumidos pelo Brasil, como a Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) e a Agenda 2030 da ONU, contribuindo diretamente para o cumprimento dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).

Clique aqui e acesse o PAN Bacia do Alto Tocantins

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