PAT Chapada Diamantina-Serra da Jiboia avança em seu programa de conservação ambiental

Publicado em 12 de junho de 2023
PAT Chapada Diamantina-Serra da Jiboia avança em seu programa de conservação ambiental Créditos: Divulgação / INEMA-BA

Segunda etapa do programa terá ações de educação ambiental, a partir do diagnóstico rápido participativo territorial

O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos ( Inema) e a Secretaria do Meio Ambiente (SEMA), da Bahia, deu início, em maio, a mais uma importante etapa do Programa de Educação Ambiental do Plano de Ação Territorial para a Conservação de Espécies Ameaçadas de Extinção do Território Chapada Diamantina-Serra da Jiboia  (PAT Chapada Diamantina-Serra da Jiboia), que visa reduzir as ameaças sobre 27 espécies da flora e da fauna criticamente ameaçadas de extinção. Trata-se do Diagnóstico Rápido Participativo Territorial (DRPT), a segunda etapa do programa iniciado em janeiro último, e que tem ações previstas para acontecerem até dezembro de 2023.

Nesta fase dos trabalhos, equipes dos órgãos ambientais e atores públicos e das comunidades dos territórios envolvidos, como  comunidades quilombolas,  rurais, tradicionais e organizações da sociedade civil vão apontar, a partir do levantamento das ameaças do plano de ação territorial, as potencialidades do território, usando para isso o processo da educação ambiental e no final gerar produtos usando ferramentas de educomunicação.

Além do DRPT, uma série de seminários realizados ao longo do mês de maio, com os resultados do mapeamento das espécies exóticas invasoras encontradas no território do PAT, vão ajudar na elaboração do diagnóstico dos problemas ambientais que afetam a comunidade. Os atores vão discutir sobre a importância da conservação das espécies em risco e como atuar nas atividades levantadas por eles como importantes, mas que também podem constituir ameaças, como o turismo desordenado, a expansão urbana e a coleta e captura ilegal de espécies.

“O que nos traz aqui são as espécies ameaçadas, mas vamos trabalhar as ameaças a essas espécies abordando esses três temas, pois eles constituem objetivos do programa para os quais mais tivemos ações de educação ambiental”, explica a coordenadora do PAT, a bióloga Sara Alves, que destaca ainda a importância do programa para os habitantes da região da Chapada Diamantina e da Serra da Jiboia: “O objetivo maior desse programa é levar aos habitantes dos territórios o conhecimento e a importância dos ambientes e das espécies, a valorização do território por causa da sua sociobiodiversidade. Há o turismo, as paisagens exuberantes, mas há também as espécies que só ocorrem aqui, e que tornam esse território ainda mais especial”, explica a bióloga.

Do total de 56 municípios que compõem o território do PAT, seis foram selecionados dentro das Áreas Estratégicas do PAT para a implementação do programa de educação ambiental. São eles os municípios de Lençóis, Mucugê, Piatã, Ibicoara e Itaetê, na Chapada Diamantina, e Itatim, na Serra da Jiboia, contemplando assim as duas porções do território. “É muito importante que todos os setores participem do diagnóstico, pois a partir dele vamos propor peças de educomunicação com a cara do território, em toda a sua diversidade. Por isso, quanto mais pessoas diferentes participarem dessa etapa, mais representativo do território será o programa de educação ambiental que vai surgir desse diagnóstico” ressalta a coordenadora.

Próximos passos

A primeira etapa do programa foi iniciada em março deste ano, com a identificação dos atores locais e a mobilização e articulação para as ações seguintes. A segunda etapa compreende a elaboração do diagnóstico, e vem acontecendo desde maio. Nos meses de julho e agosto acontece a etapa de capacitação, com 60 horas de cursos, sendo 24 horas de cursos à distância e 36 horas presenciais. Ao final deste período, o programa prevê para os meses de setembro, outubro e novembro as campanhas de educomunicação junto aos públicos-alvo: alunos das escolas do território, policiais rodoviários federais, agentes de fiscalização, comunidades tradicionais, poder público e gestores do turismo.

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