A equipe e parceiros do Projeto Pró-Espécies realizam uma semana de atividades para conservação de fauna e flora criticamente ameaçada de extinção.
O Museu do Meio Ambiente no Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ) recebeu, entre os dias 25 e 29 de novembro, o “Projeto Pró-Espécies: Todos contra a extinção”. Neste período aconteceram várias atividades, entre elas a Missão de Supervisão do Projeto, o lançamento do site Pró-Espécies, a reunião do Comitê Executivo e a Visita de Campo a um dos locais de implementação do PAN Flora Endêmica do Rio de Janeiro.
A reunião de Missão de Supervisão é liderada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e realizada a cada seis meses para verificar o andamento do projeto, o cumprimento das metas e das salvaguardas contidas nas políticas aplicáveis, a atualização das informações sobre riscos e ações de mitigação, entre outros.
Gustavo Martinelli, coordenador do Centro Nacional de Conservação da Flora do Jardim Botânico do Rio de Janeiro (CNCFlora/JBRJ) e membro titular do Comitê Executivo do Projeto diz ter orgulho de receber a equipe do Projeto Pró-Espécies e reforça que “a instituição vai estar sempre de portas abertas para esse tipo de projetos e, como coordenador do CNCFlora/JBRJ, o assunto é diretamente relacionado ao esforço que todos nós estamos fazendo para salvar as espécies ameaçadas de extinção. ”
Após a Missão e Supervisão, a Secretaria de Estado de Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro (SEAS-RJ), parceira do Projeto, organizou junto com o JBRJ uma visita de campo para que os membros do Comitê Executivo conhecessem o trabalho de marcação de matrizes na Reserva Ecológica de Guapiaçu (REGUA) realizada em parceria com o Jardim Botânico do Rio de Janeiro, bem como outros trabalhos realizados na região.
Rafaela, Superintendente de Fauna e Flora da SEAS-RJ explica que ” temos uma crise de espécies ameaçadas lá nas réguas marcadas. A produção de mudas vai ser muito importante para a continuidade do projeto. Tanto para novos plantios dentro da própria régua como para levar para outros territórios do GEF e também tempos na régua alguns projetos de restauração. a produção de mudas e as matrizes marcadas irão ajudar a dar continuidade ao PAN Flora Endêmica do Rio de Janeiro˜.
De acordo com Rafaela, conhecendo a fenologia do indivíduo, das espécies, conseguimos de tempos em tempos, no período reprodutivo da planta, coletar as sementes ou frutos e produzir novas mudas. E produzindo novas mudas você consegue disseminar aquela espécie para outros territórios do estado.
A Reserva Ecológica de Guapiaçú (REGUA) é uma Organização Não Governamental (ONG), brasileira que tem como como missão a conservação do Mata Atlântica da alta bacia do rio Guapiaçu e trabalha com a proteção da mata, restauração de habitats degradados, incentivo a apoio à pesquisa científica, turismo sustentável e educação ambiental. A REGUA totaliza 350 hectares de áreas legalmente protegidas reconhecidas pelo Governo do Estado do Rio de Janeiro e são consideradas Unidades de Conservação (UC) de Proteção Integral.
Nicholas Locke, presidente da REGUA, constata a importância da preservação da Mata Atlântica: “oferecer os serviços ambientais para as futuras gerações do Rio de Janeiro, fortalecendo os sistemas hídricos, a própria biodiversidade, um museu a céu aberto, e a possibilidade de que as pessoas conheçam a floresta. Dar a possibilidade de inclusão entre as pessoas e o meio ambiente. As pessoas precisam perceber que o meio ambiente faz parte da vida delas e os serviços ambientais gerados são importantíssimos para o nosso futuro”.
A REGUA tem por objetivo a conservação de uma bacia hidrográfica muito privilegiada com floresta remanescente. De acordo com Nicholas, eles visam aumentar a área protegida e oferecer ao estado do Rio de Janeiro um lugar com floresta de planície, com encostas, serrano, e oferecer uma cobertura vegetal contígua, permitindo o fortalecimento de todos os serviços ambientais.
Para finalizar a semana de atividade do Projeto Pró-Espécies, foi realizada a 5ª reunião do Comitê Executivo, que teve como objetivo a revisão das atividades do Plano Operacional Anual (POA) do segundo semestre do ano 2 do Projeto que adota ações de prevenção, conservação, manejo e gestão para minimizar as ameaças e o risco de extinção de flora e fauna.