Por Rodrigo Braga/MMA
Originário da região do Indo-Pacífico, o peixe-leão (Pterois sp.) foi introduzido pelo homem no Caribe há aproximadamente 30 anos. A expansão do seu território para o Atlântico Sul tem ocorrido desde então e países como Estados Unidos e México já registraram o avanço da espécie em suas águas litorâneas.
No Brasil a espécie foi avistada pela primeira vez em 2014 e seis peixes-leão já foram capturados, sendo que três deles no arquipélago de Fernando de Noronha. O primeiro peixe foi capturado na ilha em dezembro do ano passado. Recentemente, em um intervalo de 8 dias, mais dois animais foram recolhidos por técnicos do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) para destinação e pesquisa.
O peixe-leão é uma espécie exótica que pode causar grande impacto no ecossistema marinho brasileiro. Destacam-se como consequências da sua maior incidência a diminuição da produção pesqueira, a predação de espécies nativas e endêmicas, a redução de espécies importantes para o ambiente recifal e o risco à saúde humana, uma vez que os espinhos presentes nas nadadeiras do animal são venenosos.
Identificação e alerta
Como forma de identificar e alertar de forma ágil sobre o avistamento do peixe-leão no litoral brasileiro, o ICMBio disponibilizou um formulário que pode ser acessado por meio do QR code da ilustração ao lado.
Mais uma maneira de informar sobre o avistamento é fazer o contato direto com o ICMBio de acordo com a região em foi encontrada a espécie:
REGIÃO | TELEFONE | |
CEPNOR (região norte) | [email protected] | (91) 98418 8581 (91) 98724 9744 (91) 3274 1237 |
CEPENE (região nordeste) | [email protected] | (81) 3676 1166 |
TAMAR (região leste) | [email protected] | (27) 3222 1417 |
CEPSUL (região sul) | [email protected] | (47) 3348 6058 |
Em breve, o Ministério do Meio Ambiente e o ICMBio disponibilizarão uma série de materiais que orientam sobre os perigos, a identificação, a captura, o correto manuseio, a destinação do animal e o que fazer em caso de acidente com o peixe.