Comitê Executivo do Pró-Espécies faz balanço das ações e traça estratégias para último ano do projeto

Publicado em 23 de abril de 2024
Comitê Executivo do Pró-Espécies faz balanço das ações e traça estratégias para último ano do projeto Créditos: Katiane Ribeiro / WWF-Brasil

Encontro aconteceu em Brasília e contou com representantes de todos os estados parceiros, além do ICMBio, IBAMA, JBRJ, WWF-Brasil e Funbio

 

O Comitê Executivo do Projeto Pró-Espécies: Todos contra a Extinção se reuniu em Brasília entre os dias 12 e 14 de março para compartilhar resultados do projeto, principalmente o que foi implementado entre agosto de 2023 e fevereiro de 2024, e traçar estratégias para o ano, que  será o último do projeto. O encontro contou com representantes dos estados parceiros, além do ICMBio, IBAMA, JBRJ, WWF-Brasil e Funbio. 

Em um momento de pausa e reflexão, os participantes revisaram juntos os resultados alcançados e avaliaram o progresso em relação às metas estabelecidas para a proteção das espécies de flora e fauna ameaçadas de extinção. São muitos os avanços a serem celebrados. O Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) relatou a chamada para apoiar os estados parceiros na implementação do CAR nos estados de Bahia, Minas Gerais, Tocantins, Paraná, Rio de Janeiro, Maranhão e Goiás. O MMA também compartilhou a realização do I Seminário Técnico Científico da Rede Brasileira de Trilhas que reuniu mais de 400 pessoas em Niterói (RJ). 

O ICMBio compartilhou o lançamento da plataforma SALVE, que publicou entre agosto de 2023 e março de 2024, mais 2,4 mil fichas. O Jardim Botânico do Rio de Janeiro (JBRJ), por sua vez, compartilhou a oficialização do PAN Hiléia baiana, bem como a avaliação do estado de conservação da flora, que já ultrapassou 38% da meta inicial. Já são 4.835 espécies do Pró-Espécies avaliadas. 

A Secretaria de Estado do Ambiente e Sustentabilidade do Rio de Janeiro relatou a parceria estabelecida com diversos municípios do estado para a criação e implementação dos Planos Municipais de Conservação e Recuperação da Mata Atlântica. 

O PAT Vereda Goyas-Geraes relatou que estão trabalhando na lista de fauna e flora ameaçadas de extinção do estado. O PAT Espinhaço Mineiro tem investido no apoio aos Programas de Regularização Ambiental (PRAs) nas áreas prioritárias: foram oito seminários sobre o tema, aquisição e entrega de mudas e realização de consultorias sobre Sistemas Agroflorestais (SAFs). 

Já o PAT Capixaba Gerais investiu na capacitação dos produtores rurais em boas práticas ambientais no território, incluindo turismo no território. Quem também investiu em capacitação em turismo sustentável foi o PAT Chapada Diamantina-Serra da Jiboia. O PAT Campanha Sul e Serra do Sudeste tem trabalhado intensamente na mitigação de impactos ao gato-palheiro-pampeano, com câmeras e tentativas de capturas. 

É preciso destacar o sucesso das expedições recentes. O ICMBio realizou expedição para prospecção de populações de Bachia psamóphila. A espécie foi novamente registrada na natureza após quase duas décadas, desde o último registro.  O PAT Planalto Sul foi a campo identificar dispersores da espécie pitangão-amargo (Eugenia rotundicosta) para subsidiar ações de conservação. O PAT Meio Norte conseguiu o feito de encontrar seis indivíduos do mutum-pinima (Crax fasciolata pinima), uma das aves mais ameaçadas de extinção do planeta. 

De maneira geral, vários parceiros investiram em tecnologia nos últimos meses para aprimorar seus processos e também como instrumento de conservação. O aplicativo “Eu Pescador”, desenvolvido pelo PAT Cerrado Tocantins, permite que o usuário aprenda um pouco mais sobre as espécies de peixes que compõem os recursos pesqueiros das bacias dos rios Tocantins e Araguaia e registre as espécies de peixe capturadas. 

“É notório o empenho de todos  para não apenas atingir, mas ultrapassar as metas do projeto. O encontro entre os parceiros nos permite trocar experiências para que possamos aprimorar nossos processos e tornar ainda mais eficiente o uso de recursos humanos e financeiros nas nossas ações” afirma Ronaldo Morato, Coordenador Geral do Departamento de Conservação e Uso Sustentável da Biodiversidade (DCBio) do MMA.

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