PAT Planalto Sul avança na elaboração de programa para combater espécies invasoras 

Publicado em 12 de fevereiro de 2025
PAT Planalto Sul avança na elaboração de programa para combater espécies invasoras 

O PAT Planalto Sul está elaborando um Programa de Prevenção, Detecção Precoce e Resposta Rápida com foco no Território, em consonância com o componente 3 do Projeto Pró-Espécies, que tem o objetivo de criar um sistema de alerta e detecção precoce de espécies exóticas invasoras para prevenir e controlar novas invasões biológicas no Brasil. O plano será lançado no primeiro semestre de 2025.

O objetivo do Programa é o estabelecimento de um sistema de alerta apto a detectar a ocorrência de espécies invasoras em áreas prioritárias no Território do PAT, especialmente nos locais de ocorrência das espécies ameaçadas de extinção. A partir da identificação da espécie invasora, é gerada uma cadeia de ações que culminam na erradicação da espécie para evitar que ela se estabeleça no Território e ofereça impactos não só ambientais, mas também econômicos e sociais. Por isso, uma rede de colaboradores tem sido construída com pessoas e instituições dos dois estados que compõem o PAT, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. 

A elaboração do Programa se dá através da consultoria técnica especializada do Instituto Hórus, coordenado pela experiente Dra. Silvia Ziller. O processo de elaboração do programa contou, entre outras etapas, com um curso de capacitação oferecido a representantes de diversos órgãos dos dois estados como Ministérios Públicos, Polícias Militares, IBAMA, ICMBio, Ministério da Agricultura, Comitê de Bacias do Rio Canoas e afluentes, entre outros. Também foi realizado o treinamento prático que veio a complementar a etapa teórica do curso, proporcionando aos participantes a vivência sobre a aplicação do protocolo de detecção precoce e execução de um plano de resposta rápida a partir de uma situação real de inıício de invasão por espécie de Salis x rubens no Parque Nacional de São Joaquim.

As espécies exóticas invasoras são introduzidas de forma natural, acidental ou intencional em um meio que não é o seu e afetam a segurança alimentar, o controle de doenças e a economia. De acordo com o Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento (PNUD), essas espécies são a segunda causa de perda da biodiversidade no mundo e causam prejuízos de mais de um trilhão de dólares ao ano em todo o mundo. A abordagem de detecção precoce e resposta rápida tende a ser a abordagem mais eficaz e barata no enfrentamento das espécies exóticas invasoras, por isso essa deve ser a abordagem preferencial.

Segundo a coordenadora do PAT Planalto Sul, Luthiana Carbonell, o Programa de Detecção Precoce e Resposta Rápida do PAT Planalto Sul conta com o  mapeamento das espécies exóticas invasoras no Território a fim de elencar áreas prioritárias para a aplicação de medidas preventivas, visando à proteção das espécies criticamente ameaçadas de extinção e na preservação de áreas de alta fragilidade ambiental.

A experiência de construção do Programa de Detecção Precoce e Resposta Rápida para o Território do PAT Planalto Sul foi apresentado também em um painel sobre Emergências em Biodiversidade na Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade – COP 16 2024, realizada em Cali, na Colômbia pela Eng. Agrônoma do IMA Elaine Zuchiwschi, Coordenadora do Programa Estadual de Espécies Exóticas Invasoras de SC.

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